quarta-feira, 3 de junho de 2009

Paul Gauguin

Paul Gauguin nasceu em Paris, viveu os primeiros sete anos de sua vida em Lima, no Peru, para onde seus pais se mudaram após a chegada de Napoleão III ao poder. O seu pai pretendia trabalhar num jornal da capital peruana e foi o idealista da viagem. Porém, durante a longa e terrível viagem de navio acabou por ter complicações de saúde e faleceu. Assim, o futuro pintor desembarcou em Lima apenas com sua a mãe e irmã.
Quando voltou para França, em 1855, Gauguin estudou em Orléans e, aos 17 anos, ingressou na marinha mercante e correu o mundo. Trabalhou em seguida numa corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad, com quem teve cinco filhos.
Aos 35 anos, após a quebra da Bolsa de Paris, tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Expôs pela primeira vez em 1876. Mas não seria uma vida fácil, tendo atravessado dificuldades económicas, problemas conjugais, privações e doenças.
Foi então para Copenhaga, onde acabou com o seu casamento.
Suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores.
O pintor parte para o Taiti, em busca de novos temas, para se libertar dos condicionamentos da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas.
Viveu durante algum tempo na Bretanha, onde sua arte amadureceu. Posteriormente, viveu no sul da França, onde conviveu com Vincent Van Gogh. Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o "retorno ao princípio", ou seja, à arte primitiva.
Gauguin tinha ideia de voltar ao Taiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Com o auxílio de amigos e alguns artistas, organizou um leilão com as suas obras. Colocou à venda cerca de 40 peças, conseguiu cerca de 3 mil francos.
Em meados de 1891 regressou ao Taiti, onde pintou cerca de uma centena de quadros sobre tipos indígenas, como "Vahiné no te tiare" ("A moça com a flor") e "Mulheres de Taiti", além de executar inúmeras esculturas e escrever um livro, “Noa noa”.


Obras




Filipa Trindade, nº 7

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