sexta-feira, 5 de junho de 2009

Miguel Ângelo

Miguel Ângelo Buonarroti nasceu em Caprese, na Itália, em 1475.
Cresceu em Florença e contra a vontade de seu pai, decidiu ser aprendiz de Domenico Ghirlandaio, um pintor renascentista que formou excelentes artistas.
Domenico Ghirlandaio ficou impressionado com a técnica de Miguel Ângelo e recomendou que fosse estudar com Lourenço de Médici e Miguel Ângelo assim fez, tendo frequentado a escola de Lourenço de Médici de 1490 a 1492. Nesta escola foi influenciado por muitas pessoas importantes e pela filosofia de Platão e essas influências levaram a que expandisse as suas ideias na arte.
Foi durante este período que Miguel Ângelo criou dois relevos: a Batalha de Centauros e a Madonna da Escada. A primeira obra foi baseada em um tema sugerido por Poliziano e encomendada por Lourenço de Médici.
Depois da morte de Lourenço de Médici, Pedro de Médici, seu filho mais velho, recusou-se a financiar o trabalho artístico de Miguel Ângelo e este resolve partir e vai para Bolonha.
Nos meses seguintes, produziu um crucifixo de madeira para o pároco da Igreja de Santa Maria del Santo Spirito, que tinha o deixado estudar anatomia a partir de alguns cadáveres do hospital da Igreja.
Logo depois, o Cardeal San Giorgio compra uma obra de Miguel Ângelo esculpida em mármore, Cupido, e decide chamá-lo a Roma em 1496.
Em Roma, esculpiu as duas estátuas que lhe valeram a fama - Baco e Pietá. A Pietá foi uma encomenda do embaixador francês na Santa Sé.
Com menos de 30 anos, voltou para Florença em 1501 para consolidar a reputação que conquistara em Roma.
Permaneceu lá até à primavera de 1505, sendo a principal obra do período a escultura David, que se transformou num símbolo da arte Florentina.
É provável também que, na mesma época, tenha pintado o Tondo Doni (Uffizi).
Em 1505, foi chamado a Roma pelo papa Júlio II, que lhe encomendou um túmulo.
Apesar de praticamente se dedicar à escultura, Miguel Ângelo nunca deixou de desenhar, ele desenhava por prazer de segurar o lápis.
Foi escultor, pintor, arquitecto e poeta e estas suas capacidades fizeram com que o seu nome fosse quase tão importante como o de Leonardo Da Vinci, como representante do Renascimento e ficou também conhecido como o II Divino.
Duas das suas esculturas, David e Pietá são consideradas obras de referência de toda a história da escultura e Miguel Ângelo ainda não tinha trinta anos quando as fez.
Outra grande obra encomendada a este artista foram os famosos frescos da Capela Sistina.
Em 1534 estabeleceu-se em Roma, onde trabalhou para o papado pelos 30 anos de vida que ainda lhe restavam. Foi imediatamente contratado para pintar o Juízo Final na Capela Sistina e deu início ao trabalho em 1536.
Para Paulo III, que lhe encomendou o apocalíptico Juízo Final, o artista também executou as suas últimas obras em pintura, a Conversão de S. Paulo e a Crucificação de S. Pedro(1542-50), os frescos da Capela Paolina, no Vaticano.
Ao longo dos últimos 30 anos de sua vida, o artista dedicou-se sobretudo à arquitectura, e foi também um grande arquitecto. O seu empreendimento mais importante de todo o mundo cristão foi ter terminado a Catedral de S. Pedro, iniciada em 1506 sob o papado de Júlio II.
Na pintura e na escultura, usava quase exclusivamente a figura masculina heróica (em geral nua), mas nesse campo ele é considerado o melhor artista de todas as épocas.
Foi considerado uma referência para os seus contemporâneos e a sua influência foi incalculável.
Morreu em Roma, no dia 18 de Fevereiro de 1564.

Obras












Maria Inês, nº 16

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